Como "Uber dos caminhões" quer reescrever o transporte de cargas no Brasil
Durante alguns anos, Federico Vega viajou de bicicleta pelas estradas da Argentina, do Brasil e do Chile para visitar os amigos que viviam nesses países. Não tendo muita opção para descansar, acabava passando as noites nas paradas de caminhoneiros. E foi lá que percebeu como a vida desses profissionais não é fácil, sofrendo com falta de serviço e até roubo de cargas.
Essa experiência foi tão marcante para ele que decidiu, então, dar início a uma startup que ajudasse a reescrever o transporte de cargas no Brasil. Fundada em 2016, a Cargo X em seu início era apenas uma rede social de caminhoneiros. Agora, é um aplicativo que, usando big data e aprendizado de máquina, ajuda 350 mil caminhoneiros a se conectarem com mais de oito mil transportadoras e embarcadores de carga.
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O aplicativo funciona da seguinte forma: a empresa que tem um material para despachar envia um alerta e o caminhoneiro recebe. A empresa consegue acompanhar em tempo real todo o trajeto e saber o exato momento que a mercadoria foi entregue. É uma versão extra grande do que fazem os aplicativos de entrega por demanda, como Uber Eats, Rappi ou iFood, mas a startup acabou ficando conhecida como "Uber dos caminhões".
A empresa anunciou recentemente Paulo Veras, fundador da 99, como novo membro de seu conselho administrativo.
"Do mesmo jeito que os aplicativos mudaram o mercado ajudando os taxistas a serem mais eficientes, a Cargo X ajuda mudar o mercado de transporte, ajudando os transportadores a ganhar mais cargas e melhorar seu capital de giro. Dada minha experiência como Fundador e ex-CEO da 99, eu consigo contribuir com a estratégia da empresa", afirma Paulo Veras.
Juntamente a Paulo Veras, integram o conselho administrativo Oscar Salazar, co-fundador da Uber, e Hans Hiclker, ex-executivo chefe da empresa de entregas DHL.
Hoje, a Cargo X começa a focar mais em pequenas transportadoras e empreendedores com até seis caminhões. O investimento é de R$ 100 milhões e oferece aprendizado de máquina e inteligência artificial. A empresa pretende injetar até R$ 300 milhões na economia brasileira por meio desse novo projeto até 2020.
A Cargo X conta com 350 funcionários e tem parceria com algumas empresas, entre elas a americana Goldman Sachs. Já recebeu US$ 85 milhões em cinco rodadas de captação de recursos e registrou uma receita de cerca de R$ 200 milhões em 2018. Crescendo 20% ao mês, deve se tornar o próximo unicórnio – startup avaliada em US$ 1 bilhão – brasileiro em 2019, segundo o relatório do New York Times e CB Insights.
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